19 julho 2013

Liberta-me - Tahereh Mafi

Título: Liberta-me (Unravel me)
Páginas: 444
Ano: 2013
Editora: Novo Conceito

Sinopse
Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante.


Primeiramente é o meu dever cívico dizer que essa é uma das capas mais sem criatividade feita na história das capas. É apenas o zoom da de Estilhaça-me (resenha), com o adicional dos cacos de vidro e o rosto de Adam e Warner. Ridículo. Colocasse uma capa toda branca com o nome que eu aceitaria com mais facilidade.

Depois do final de Estilhaça-me eu fiquei extremamente curiosa para descobrir o que iria acontecer a seguir; como a guerra havia começado, entender isso em uma escala mais global, como o Reestabelecimento funciona, o que exatamente é o Ponto Ômega, como surgiu e tudo que foi deixado em aberto no primeiro livro. E se você também tinha todas essas perguntas eu devo lhe dizer que basicamente nenhuma foi respondida.

Eu nem preciso dizer que Juliette é louca, entrar em sua cabeça durante o primeiro livro já foi o suficiente para constatar isso, e por isso ela se isola de basicamente de todos, com exceção de Adam e... É, só Adam. Ela basicamente se tranca todos os dias em uma sala tentando controlar seus poderes, mas é tudo em vão, e nos momentos em que ela não está treinando, dormindo ou comendo sozinha no refeitório, está de pegação com Adam no seu quarto pelos 10 minutos livres que ela tem todos os dias.

E como só temos o ponto de vista de Juliette, e essa garota tonta e depressiva demais e passa muito tempo pensando que todas as pessoas a odeiam e que tentar fazer amizade só vai piorar tudo, não sabemos muito sobre a história. E by the way, ela continua com as frases riscadas, erros de pontuação e repetições. Às vezes eu me perco achando que estou lendo a mesma linha de novo, mas é apenas a loucura de Juliette.

O começo do livro é bem tedioso na verdade. Não há nada de novo até o momento que descobrimos que Adam tem uma ‘doença’ relacionada ao fato dele poder tocar Juliette e isso é o máximo de emoção que temos já que ele não quer falar sobre isso com ela.

A partir daí descobrimos algumas coisas interessantes sobre Adam, nos vemos em uma missão de resgate e o Ponto Ômega recebe um convidado super especial que Juliette esperava nunca mais ver que está sendo mantido refém e entramos em uma parte que eu denominei de ‘Momento X-Men’ por falta de um nome melhor. Muito melodrama, muitos clichês e definitivamente muitas inconsistências.

Tahereh escreveu muito bem Estilhaça-me e acho que isso era porque a história tinha 3 personagens e dois cenários durante basicamente todo o livro e isso ajudou muito a tornar a história acreditável. Mas quando o cenário e o número de personagens a história perdeu o rumo. Tudo que acontece é simplesmente muito conveniente! Muito pouco realista. É como se a Tahereh soubesse onde está, aonde quer chegar, mas não se importasse com os meios e por isso a história fica pouco convincente.

Outra coisa de que senti muita falta nesse livro foram as frases lindas que encontrei em Estilhaça—me, que by the way me fizeram passar a anotar quotes de livros, mas em Liberta-me? Pouquíssimas.

E por último, mas não menos importante; Kenji! Preparem-se para se surpreender com esse personagem porque eu estou oficialmente apaixonada. Tenho quase certeza que Tahereh se inspirou em mim para cria-lo. Ele é extremamente sarcástico, bobo e efusivo, ou seja, perfeito.


Eu sinceramente espero que Tahereh se redima com o próximo livro porque eu realmente quero as minhas perguntas respondidas, e quero saber o que aquela desmiolada da Juliette vai fazer depois de ter acordado... bom, vocês vão descobrir.


Bia Albuquerque



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